7.24.2014

Dois atos públicos pela preservação do patrimônio cultural marcarão passagem dos 190 anos da Imigração Alemã

Dois atos públicos pela preservação do patrimônio cultural marcarão passagem dos 190 anos da Imigração Alemã

                No dia 25 de Julho comemora-se o Dia do Colono, remetendo a data da chegada dos primeiros imigrantes alemães na região do Vale do Sinos, Rio Grande do Sul. Neste ano de 2014, a data marca a passagem dos 190 anos da imigração alemã no Sul do Brasil. Para ativistas da preservação do patrimônio cultural, no entanto, há muito pouco a comemorar.

Patrimônio cultural teuto-brasileiro se degradando

                “Como comemorar uma cultura, quando os registros materiais desta mesma cultura estão se perdendo a cada dia?” comenta Jorge Luís Stocker Jr., delegado da organização Defender no Vale do Sinos e integrante do Coletivo Consciência Coletiva. Os grupos tem se envolvido diretamente em ações ligadas à preservação do patrimônio cultural de toda a região.
                Os atos acontecerão em diversos espaços de Campo Bom e Novo Hamburgo, abordando um bem cultural de cada cidade. “São dois casos de edificações vinculadas diretamente à cultura teuto-brasileira que se encontram em risco de desaparecimento, seja por falta de reconhecimento do seu valor cultural ou pelo abandono” – complementa Jorge. Nos atos, serão distribuídos panfletos informativos e realizadas intervenções artísticas.
Casa Engel Grünn segue em acelerado desabamento, embora haja decisão judicial determinando que o município de Novo Hamburgo tome providências.

                Para o artista plástico Alexandre Reis, “é visível que as comunidades tem buscado cada vez mais a preservação do patirmônio cultural, mas na prática, as atitudes concretas dos poderes públicos não acompanham e ainda são tímidas. Organizamos estes atos públicos nesta data simbólica para desmistificar o tema e expor a sua fragilidade. Estamos presenciando um extermínio da memória na região”.

                O grupo defende que o patrimônio arquitetônico não tem significado só para os teuto-descendentes. “As edificações históricas são presença marcante na paisagem das nossas cidades, parte do dia-a-dia, dando sentido ao espaço. Precisamos preservá-las não pensando apenas no seu passado, mas no nosso futuro”  explica Jorge, que complementa – “ o patrimônio arquitetônico integra-se na memória coletiva e com os costumes, saberes e fazeres. Tudo integra a nossa cultura regional e cada pequena perda é extremamente nociva ao conjunto”.


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