Dois atos públicos
pela preservação do patrimônio cultural marcarão passagem dos 190 anos da
Imigração Alemã
No dia
25 de Julho comemora-se o Dia do Colono, remetendo a data da chegada dos
primeiros imigrantes alemães na região do Vale do Sinos, Rio Grande do Sul. Neste
ano de 2014, a data marca a passagem dos 190 anos da imigração alemã no Sul do
Brasil. Para ativistas da preservação do patrimônio cultural, no entanto, há
muito pouco a comemorar.
Patrimônio cultural teuto-brasileiro se degradando
“Como
comemorar uma cultura, quando os registros materiais desta mesma cultura estão
se perdendo a cada dia?” comenta Jorge Luís Stocker Jr., delegado da
organização Defender no Vale do Sinos e integrante do Coletivo Consciência
Coletiva. Os grupos tem se envolvido diretamente em ações ligadas à preservação
do patrimônio cultural de toda a região.
Os atos
acontecerão em diversos espaços de Campo Bom e Novo Hamburgo, abordando um bem
cultural de cada cidade. “São dois casos de edificações vinculadas diretamente
à cultura teuto-brasileira que se encontram em risco de desaparecimento, seja
por falta de reconhecimento do seu valor cultural ou pelo abandono” –
complementa Jorge. Nos atos, serão distribuídos panfletos informativos e
realizadas intervenções artísticas.
Casa Engel Grünn segue em acelerado desabamento, embora haja decisão judicial determinando que o município de Novo Hamburgo tome providências.
Para o
artista plástico Alexandre Reis, “é visível que as comunidades tem buscado cada
vez mais a preservação do patirmônio cultural, mas na prática, as atitudes
concretas dos poderes públicos não acompanham e ainda são tímidas. Organizamos
estes atos públicos nesta data simbólica para desmistificar o tema e expor a sua
fragilidade. Estamos presenciando um extermínio da memória na região”.
O grupo
defende que o patrimônio arquitetônico não tem significado só para os
teuto-descendentes. “As edificações históricas são presença marcante na
paisagem das nossas cidades, parte do dia-a-dia, dando sentido ao espaço. Precisamos
preservá-las não pensando apenas no seu passado, mas no nosso futuro” explica Jorge, que complementa – “ o
patrimônio arquitetônico integra-se na memória coletiva e com os costumes,
saberes e fazeres. Tudo integra a nossa cultura regional e cada pequena perda é
extremamente nociva ao conjunto”.
Convites virtuais
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